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O Acre entrou no radar nacional como destaque na projeção de crescimento da safra de grãos para o ciclo 2025/2026. Segundo o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira, 14, o estado deve registrar um aumento de 9,1% na produção, saltando de 211,7 mil toneladas em 2024/2025 para 231 mil toneladas no próximo período (2025/26).
Esse avanço é impulsionado por uma série de investimentos estratégicos realizados pelo governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri). A pasta atribui o crescimento ao fortalecimento das cadeias produtivas e à ampliação de incentivos técnicos e estruturais, promovidos sob a gestão do governador Gladson Camelí, que têm permitido aos produtores rurais expandirem suas áreas de cultivo e aumentarem a produtividade.
No estado, as projeções indicam também aumento na produtividade por hectare, que poderá passar de 3.082 quilos por hectare para 3.143 quilos, um aumento de 2%. As estimativas também indicam crescimento na área destinada à produção de grãos no Acre, de 68,7 mil hectares em 24/25 para 73,5 mil hectares em 25/26: 7%.
No detalhamento por tipo de produto, destacam-se no Acre a soja e o milho. A produção de soja tem estimativa de saltar de 64,3 mil toneladas para 76,1 mil na safra 25/26, uma variação de 18,4%. No caso do milho, a projeção é de aumento de 139,7 mil toneladas para 147,1 mil toneladas, ampliação de 5,3%.
“O crescimento da produção agrícola no Acre é resultado de um trabalho sério e contínuo. Nosso governo tem investido fortemente na zona rural, com ações que vão desde a mecanização agrícola até a distribuição de insumos como calcário, sempre pensando na sustentabilidade e na valorização do produtor. Mas esses investimentos não param no campo, eles geram impacto direto na zona urbana, com mais empregos, mais circulação de renda e mais alimentos na mesa da população. Estamos construindo um Acre que cresce de dentro para fora, com raízes fortes no campo e frutos que chegam à cidade”, destacou o governador Gladson Camelí.
Segundo o secretário de Estado de Agricultura, José Luis Tchê, esse crescimento é resultado de uma série de ações estratégicas implementadas pelo governo.
“Um dos pontos que merece destaque é a manutenção dos silos pertencentes ao governo do Estado. Eles são essenciais para o armazenamento adequado dos grãos, garantindo qualidade e permitindo que o produtor possa vender no momento mais oportuno”, destaca.
Outro aspecto ressaltado por Tchê é o apoio à mecanização agrícola, especialmente nas pequenas propriedades, onde muitas vezes não há acesso a maquinário.
“A Seagri tem disponibilizado equipamentos para o preparo do solo, plantio e colheita. Isso tem viabilizado a implementação dessas culturas, principalmente o milho, em áreas que antes não tinham condições técnicas para produzir.”
Por fim, o secretário destacou a distribuição de calcário como uma das ações mais relevantes para a recuperação de áreas degradadas, por meio do sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP). “Com o uso do calcário, o produtor consegue recuperar o solo, plantar o milho e, em seguida, introduzir a pecuária na área revitalizada. É uma estratégia que fortalece a sustentabilidade e a produtividade no campo.”
O primeiro levantamento da safra de grãos 2025/26 da Conab indica novo ciclo de crescimento para a agricultura nacional. A produção total está estimada em 354,7 milhões de toneladas de grãos, aumento de 0,8% em relação ao volume colhido no ciclo anterior, que foi o maior da série histórica, com 350,2 milhões de toneladas. A área a ser semeada também deve crescer 3,3%, e chegar a 84,4 milhões de hectares.
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